Equipe internacional de pesquisadores completa o
sequenciamento do DNA humano mais antigo já coletado de uma múmia. O genoma
revela a origem genética e as características físicas de um homem da Idade do
Cobre assolado por doenças atuais.
Um homem na casa dos 40 anos, de pele branca, cabelos e
olhos castanhos, com problemas cardíacos, intolerância à lactose e uma doença
provocada por um parasita do carrapato. A descrição, que poderia ser de
qualquer indivíduo moderno, é resultado da interpretação do genoma de Ötzi, o
homem do gelo, mais antiga múmia humana a ter seu DNA sequenciado. O código
genético pré-histórico, de cerca de 5.300 anos, pode ajudar a compreender a
evolução e a expansão do homem na Terra.
Ötzi, que viveu no período Calcolítico, ou Idade do Cobre
(3000-1800 a.C.), foi descoberto em 1991 por um casal de alpinistas alemães na
parte italiana dos Alpes Ötztal – daí o nome. Desde então, está em exibição no
Museu Arqueológico do Tirol do Sul, em Bozano, Itália.
A equipe internacional de pesquisadores responsável pela
análise do DNA do homem do gelo, iniciada em 2010 e publicada ontem (28/2) na
revista Nature Communications, usou uma mostra recolhida do osso do quadril da
múmia para destrinchar a sua história.
Leia mais: Segredos do homem do gelo, por: Sofia Moutinho.
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