quinta-feira, 26 de julho de 2012

Lago muda a cor por ação de bactéria

Vendo assim à primeira vista, você pode até achar que ele ficou deste jeito pois jogaram algum tipo de lixo radiativo ou toneladas de Pepto-Bismol, mas não é nada disso. O lago ganhou essa cor porque possui uma alta concentração de um tipo de bactéria halofílica que vive em águas com alta concentração de sal.

A bactéria se chama Dunaliella salina e é inofensiva para o ser humano. A cor do lago, que varia do roxo claro ao rosa-choque dependendo da hora do dia, ficou assim pois “elas produzem um pigmento vermelho que absorve e usa a energia da luz do sol para criar mais energia, deixando a água rosa” diz Michael Danson, especialista de bactérias da Britain’s Bath University.

Nova cura para a Hepatite C

Crédito: SciencePhotoGallery 
Timidamente vão surgindo as primeiras confirmações de uma revolução nanotecnológica que provavelmente surgirá em poucas décadas. A idéia de criar máquinas microscópicas programadas para detectar problemas específicos e trabalhar neles dentro do organismo humano é intrigante, ainda mais se levarmos em conta a possibilidade de esse tipo de tecnologia levar à superação das limitações humanas. Apesar de ainda haver desafios que consumirão diversos anos de pesquisas, volta e meia são divulgados estudos com resultados espantosos como a erradicação da hepatite C através de nanopartículas divulgada recentemente.

A hepatite C é uma doença causada por um vírus que afeta principalmente o fígado, podendo levar à cirrose. A pesquisa demonstrou a fabricação de uma máquina sintética capaz de erradicar o vírus da hepatite C. A nanopartícula possui um componente que ataca e destrói o mRNA, onde está a informação necessária para a produção de proteínas que causam a doença. Além disso, existe outro componente que identifica as proteínas relacionadas ao vírus e envia a nanopartícula para realizar seu trabalho. O trabalho mimetiza um processo biológico chamado de RNA de interferência onde o pareamento de uma fita complementar com o mRNA leva à degradação deste.

O tratamento atual da hepatite C ataca o processo de replicação do vírus mas, além de não ser completamente efetivo, funciona apenas para aproximadamente 50% dos pacientes tratados. A equipe que conduziu o estudo observou que a nanopartícula levou à erradicação de aproximadamente 100% do vírus da hepatite C tanto em cultura de células quanto em camundongos. Além disso, a administração dos nanorobôs não levou a uma ativação imunológica (que poderia resultar em efeitos colaterais).

O aspecto mais interessante desse tipo de trabalho é que a natureza programável das nanomáquinas permite um potencial de uso para o tratamento de uma série de doenças como outros tipos de infecções virais e câncer.

Nova espécie de dinossauro no Maranhão (não é política)

Dentes fósseis de um dinossauro carnívoro encontrados na região conhecida como Laje do Coringa, na Ilha do Cajual, a cerca de 20 km de São Luís, Maranhão, permitiram identificar a existência de uma espécie desconhecida no Brasil, com idade estimada em 95 milhões de anos, um dos mais antigos do grupo já encontrados na América do Sul. A descoberta, publicada recentemente na revista britânica Cretaceous Research, foi realizada em conjunto por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Segundo o estudante de doutorado do Instituto de Geociências da UFRJ, Rafael Lindoso, o dinossauro pertencia ao grupo dos noassaurídeos, animais de pequeno porte e esqueleto frágil, considerados raros no mundo. “Esse dinossauro possuía uma dentição bastante incomum entre os dinossauros carnívoros, caracterizada por bordas serrilhadas que percorriam a face lateral dos dentes, e não a região anterior e posterior, como comumente se observa na grande maioria dos dinossauros carnívoros. Esse padrão aparece apenas em uma espécie de dinossauro carnívoro de Madagascar, conhecida como Masiakasaurus knopfleri. Os noassaurídeos mantinham uma dieta especializada, provavelmente alimentando-se de peixes”, afirmou à assessoria da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

Lindoso explica que há 95 milhões de anos, no período conhecido como Cretáceo, as massas de terras do hemisfério sul formavam um único supercontinente chamado Gondwana, que incluía a América do Sul, África, Antártica, Indo-Madagascar e Austrália. Apesar de já terem iniciado o processo de fragmentação, na época, América do Sul e África ainda estavam muito próximas, o que teria facilitado a passagem desses animais entre os dois continentes. Os fósseis mais antigos de noassaurídeos foram descobertos em rochas de 110 milhões de anos, durante o período Cretáceo inferior, na Europa e África, e, de acordo com a pesquisa, teriam posteriormente migrado para a América do Sul e Madagascar.

O ambiente na época era caracterizado como um estuário: rios enormes desaguando no mar, vegetação luxuriante em meio a um clima árido. Foi a época de surgimento do Atlântico Sul, quando apareceram os primeiros golfões e as elevações do nível do mar assolavam o litoral. Nesse cenário instável em profunda transformação, os terremotos eram comuns na região. “O clima tornava-se mais chuvoso, com a possibilidade de surgimento de novos habitats e, consequentemente, de outras espécies animais e vegetais”, acrescenta o paleontólogo, Ismar Carvalho, da UFRJ, um dos autores da pesquisa.

Os noassaurídeos viveram durante boa parte do Cretáceo na Argentina, França, Níger, Madagascar e Índia. Porém, apenas uma espécie é bem conhecida: o Masiakasaurus knopfleri, descoberto em Madagascar e medindo 2 metros de comprimento. “Entretanto, ao estudarmos os dentes da espécie brasileira, constatamos que se tratava de um parente distante e maior do Masiakasaurus, podendo alcançar cerca de três metros de comprimento”, destacam Lindoso e Ismar Carvalho. “É um dos maiores noassaurídeos já descobertos em todo o mundo. Pesquisas como essa, consideradas inéditas no Brasil, sugerem que a real diversidade dos dinossauros que habitaram a Terra ainda está longe de ser compreendida”, concluem.

Leia mais: Cientistas descobrem espécie de dinossauro no Maranhão.
Com informações são da Faperj
Bom dia a todos, depois de um período de Férias, longe da internet via PC (pelo celular é complicado postar), estamos retomando o nosso Blog.

Um bom início de semestre a todos.