sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Merenda brasileira como exemplo

 © MIGUEL BOYAYAN
Política para uma dieta saudável

Merenda brasileira com menos alimentos ultraprocessados pode ser exemplo para outros países, diz pesquisador

MARIA GUIMARÃES | Edição Online 15:17 13 de julho de 2012. Revista Pesquisa Fapesp


Produtos intactos são mais saudáveis do que os industrializados feitos a partir deles
Se a sua ideia de lanche saudável é uma barra de cereais, melhor repensar. Apesar de se apresentar como natural, é mais um exemplo de alimento ultraprocessado, alerta o médico Carlos Augusto Monteiro, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). “A substituição de alimentos integrais – grãos, hortaliças, tubérculos, carne e leite – por alimentos manufaturados como snacks doces e salgados, hambúrgueres, nuggets e refrigerantes, é um dos maiores responsáveis pela epidemia mundial de obesidade.” A boa notícia é que o Brasil não só ainda tem solução como pode ser um exemplo para outros países, conforme o pesquisador indica em ensaio publicado este mês na Plos Medicine em parceria com Geoffrey Cannon, da Associação Mundial de Nutrição e Saúde Pública.

Segundo Monteiro, nos países industrializados os alimentos ultraprocessados já correspondem a dois terços das calorias ingeridas. No Brasil, essa fatia se aproxima de um terço e, em 2009, 14% da população era classificada como obesa – um valor ainda modesto se comparado aos 24% e 34% do Reino Unido e dos Estados Unidos, respectivamente. “Esses alimentos novos não têm nenhuma semelhança nutricional com a dieta que acompanhou a nossa espécie ao longo de sua evolução”, explica o médico. Essas comidas (inclusive as barras de cereais industrializadas) contêm teores altos de gordura e açúcares e quantidades mínimas de água, fibras e nutrientes essenciais, e por isso engordam sem saciar, segundo Monteiro detalha na classificação de alimentos com base na industrialização que propôs em 2011 na Public Health Nutrition.

O que, em sua visão, torna o Brasil um exemplo são políticas públicas destinadas a diminuir o consumo desse tipo de alimentos por meio da regulamentação das merendas escolares. A primeira medida importante veio nos anos 1990, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, quando ficou definido que 70% da alimentação distribuída nas escolas deveria ser fresca ou ter processamento mínimo. Mais recentemente, já no governo Lula, foi acrescentada a exigência de que 30% desses alimentos tivessem origem na agricultura familiar. “São medidas importantes porque atingem crianças que estão formando seus hábitos alimentares”, ressalta Monteiro.

A realidade ainda não atingiu o ideal, mas de acordo com o pesquisador os municípios, que gerem o processo, estão avançando na implementação e sendo avaliados pelo governo. “Fazer a mudança política é um passo importante”, afirma ele, que coordena uma linha de pesquisa sobre nutrição e os efeitos da transição alimentar.

Nos países industrializados, ele conta que a batalha já parece perdida e os governos buscam atuar na redução de danos, criando legislação para melhorar as propriedades nutricionais dos produtos ultraprocessados. Mas o nosso exemplo pode ser uma boa influência para países semelhantes ao Brasil, em que a alimentação ainda não esteja tão distante de sua forma tradicional. O ensaio na PLoS Medicine faz parte de uma série organizada pela revista para discutir a influência da indústria alimentar na saúde.

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