LEITOR ADRIANA SALAY LEME DE SANTO ANDRÉ (SP)
Desde bem antes da Rio+20 procuro adotar medidas sustentáveis e que contribuam para a preservação do meio ambiente.
No final do mês passado, propus à direção o início de uma campanha de reciclagem, que foi aprovada.
A campanha irá começar em 1º de agosto, com um "dia verde"Iniciaremos a coleta seletiva, com o reaproveitamento de materiais e a substituição dos copos de plástico e isopor por biodegradáveis.
Os colaboradores da empresa utilizarão apenas copos próprios e "squeezes".
Outra meta é diminuir os gastos com impressão. Estabelecemos como meta economizar 30% de papel no primeiro trimestre do projeto.
A campanha também inclui uma estação de reaproveitamento de materiais.
Tudo isso faz parte de uma ação maior, cujo o objetivo é conscientizar as pessoas a terem hábitos sustentáveis.
Meio de cultura são preparações sólidas, líquidas ou semi-sólidas que contêm todos os nutrientes necessários para o crescimento de organismos. Os meios de cultura devem ter na sua composição, os nutrientes indispensáveis ao crescimento do organismo em questão, sob forma assimilável e em concentração não inibitória do crescimento. Este jornalzinho on line tem esta finalidade, servir de meio para enriquecer a nossa cultura e dar condições para o desenvolvimento como melhores profissionais.9.5.11.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Rio+20 na reta: de partida ou chegada?
Roberto Smeraldi - O Estado de S.Paulo
O parâmetro para avaliar se a Rio+20 cumprirá sua missão não pode ser aquele das legítimas aspirações da sociedade. Nesse quesito ela só pode ficar aquém. Mais justo é analisar, na véspera da chegada ao Rio dos chefes de Estado ou de delegação, se as possíveis conclusões da conferência atendem pelo menos ao mandato da Assembleia-Geral da ONU, que a convocou.
O mandato foca dois pontos: (1) economia verde no quadro de desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza; (2) arcabouço institucional para o desenvolvimento sustentável. Como se repetiu exaustivamente, a conferência seria "ponto de partida, não de chegada": ou seja, criaria as condições para inovar, em vez de fechar novos acordos, como em 1992.
Quanto à economia verde, falta na minuta de declaração a noção de que a economia possa se tornar vetor de transformação para desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. Prova disso é que o principal entrave na negociação reside, como em 1992, nos chamados meios de implementação: transferência de recursos e tecnologia. Ora, na dimensão de economia verde não precisaria mobilizar recursos e tecnologias para fazer acontecer o que a economia convencional não faz, pois a economia verde incorporaria as externalidades necessárias para remunerar o investimento e a renovação tecnológica. Ou seja, na economia verde a conta passaria do contribuinte ao consumidor. Sem essa sinalização, será difícil desenvolver e harmonizar políticas de comércio, tributação, contabilidade e regulação que favoreçam as condições de competição que a economia verde requer.
Focar prioritariamente fundos implica assumir que seguiremos no fomento a uma economia que desconsidera, ou rema contra, a sustentabilidade, cobrando um pequeno pedágio para mitigar suas consequências. Ainda, o ínfimo tamanho do fundo (US$ 30 bilhões na escala global) e a falta de consenso a seu respeito mostram que esse caminho, além de não alinhado com a economia verde, é pouco viável e relevante.
No item institucional, o único avanço atual - o upgrade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) - está no arcabouço ambiental e não naquele da sustentabilidade. Nem é mencionado o Conselho de Segurança, o ponto mais alto da governança ONU: se fala em segurança alimentar, catástrofes climáticas, migrações pela pobreza, mas nem se cogita abrigar tais agendas no Conselho.
Tudo pode mudar, claro, mas até hoje a Rio+20 parece mais ponto de chegada tardia das políticas do século 20 que de partida estratégica daquelas do século 21.
*JORNALISTA, DIRETOR DA OSCIP AMIGOS DA TERRA - AMAZÔNIA BRASILEIRA, PRESIDIU O COMITÊ INTERNACIONAL DA SOCIEDADE CIVIL NA ECO-92
O parâmetro para avaliar se a Rio+20 cumprirá sua missão não pode ser aquele das legítimas aspirações da sociedade. Nesse quesito ela só pode ficar aquém. Mais justo é analisar, na véspera da chegada ao Rio dos chefes de Estado ou de delegação, se as possíveis conclusões da conferência atendem pelo menos ao mandato da Assembleia-Geral da ONU, que a convocou.
O mandato foca dois pontos: (1) economia verde no quadro de desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza; (2) arcabouço institucional para o desenvolvimento sustentável. Como se repetiu exaustivamente, a conferência seria "ponto de partida, não de chegada": ou seja, criaria as condições para inovar, em vez de fechar novos acordos, como em 1992.
Quanto à economia verde, falta na minuta de declaração a noção de que a economia possa se tornar vetor de transformação para desenvolvimento sustentável e erradicação da pobreza. Prova disso é que o principal entrave na negociação reside, como em 1992, nos chamados meios de implementação: transferência de recursos e tecnologia. Ora, na dimensão de economia verde não precisaria mobilizar recursos e tecnologias para fazer acontecer o que a economia convencional não faz, pois a economia verde incorporaria as externalidades necessárias para remunerar o investimento e a renovação tecnológica. Ou seja, na economia verde a conta passaria do contribuinte ao consumidor. Sem essa sinalização, será difícil desenvolver e harmonizar políticas de comércio, tributação, contabilidade e regulação que favoreçam as condições de competição que a economia verde requer.
Focar prioritariamente fundos implica assumir que seguiremos no fomento a uma economia que desconsidera, ou rema contra, a sustentabilidade, cobrando um pequeno pedágio para mitigar suas consequências. Ainda, o ínfimo tamanho do fundo (US$ 30 bilhões na escala global) e a falta de consenso a seu respeito mostram que esse caminho, além de não alinhado com a economia verde, é pouco viável e relevante.
No item institucional, o único avanço atual - o upgrade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) - está no arcabouço ambiental e não naquele da sustentabilidade. Nem é mencionado o Conselho de Segurança, o ponto mais alto da governança ONU: se fala em segurança alimentar, catástrofes climáticas, migrações pela pobreza, mas nem se cogita abrigar tais agendas no Conselho.
Tudo pode mudar, claro, mas até hoje a Rio+20 parece mais ponto de chegada tardia das políticas do século 20 que de partida estratégica daquelas do século 21.
*JORNALISTA, DIRETOR DA OSCIP AMIGOS DA TERRA - AMAZÔNIA BRASILEIRA, PRESIDIU O COMITÊ INTERNACIONAL DA SOCIEDADE CIVIL NA ECO-92
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