sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Nota de Falecimento


É com grande pesar que informamos o falecimento do mantenedor da Faculdade de Educação São Luís, Prof. Sr. Afonso Carregari Martins. O sepultamento ocorrerá hoje, dia 21 de dezembro, às 16h.
Toda família São Luís expressa seus sentimentos aos familiares.

IX SEMANA DA BIOLOGIA - FACULDADE SÃO LUIS DE JABOTICABAL

A Revista Emprego esteve presente na "IX Semana da Biologia", evento realizado na Faculdade São Luis de Jaboticabal.

De onde vem as boas ideias (dublado)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Louva-a-deus "du mal".


Como biólogo muitas vezes escutamos “ai como é lindo” ou “olha ele esta orando”, dos nossos queridos amigos Louva-a-deus, mas sob esta fachada de “bonzinho do mundo dos insetos” temos um predador fantástico.
Estes videos ajudam a provar isso.

 Louva-a-deus x serpente
 Louva-a-deus x Beija-flor
 Louva-a-deus x Peixe

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Fisioterapeuta brasileiro fabrica 'corpos' artesanais


Os Nerd's tem vários hobbies, mas este Nerd Academico em particular tem um bem peculiar. Eliel Guimarães, de Taubaté - SP, faz réplicas de peças cadavéricas com porcelana fria modificada.
Saca só o trabalho dele...


Aranha Pavão

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

As fotos mais incríveis da ciência em 2012


Fotos mais incríveis ciência 2012


A fundação britânica Wellcome Trust, uma das maiores fundações dedicadas à pesquisa biomédica do mundo, elegeu as imagens mais incríveis da ciência deste ano no Reino Unido. Foram selecionadas fotos que retratam a ciência deforma artística e “contribuem para a compreensão da medicina moderna e da ciência”.

 
Confira algumas das melhores fotos do concurso:
 
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O dinossauro mais antigo do mundo


Um dinossauro que viveu há cerca de 245 milhões de anos 10 a 15 milhões de anos antes do que qualquer outro anteriormente descoberto, pode ser o dinossauro mais antigo do mundo.
Cientistas descobriram o que pode ser o dinossauro mais antigo do mundo – ou o parente mais distante desses lagartos gigantes. Ele tem o tamanho de um labrador, mas uma cauda de cinco metros de comprimento. Estima-se que o animal tenha vivido há cerca de 245 milhões de anos – 10 a 15 milhões a mais do que os dinossauros mais antigos conhecidos até o momento.
Os ossos fossilizados foram descobertos durante na década de 1930 por um paleontólogo britânico na Tanzânia colonial, e está há décadas no Museu de História Natural de Londres (Reino Unido).
Um estudo anterior do fóssil feito na década de 1950 havia sido inconclusivo. O que pode ser o dinossauro mais velho do planeta era apenas um animal misterioso no museu.
Os ossos pertencem a uma criatura chamada Nyasasaurus parringtoni. “Se o Nyasasaurus parringtoni não é o dinossauro mais velho, então é o parente mais próximo encontrado até agora”, declarou o biólogo Sterling Nesbitt, da Universidade de Washington (EUA), principal autor do estudo.
O nome Nyasasaurus parringtoni é novo – mas não o termo “Nyasasaurus”, que combina o nome do Lago Niassa (agora “Lago Malawi”), na Tanzânia, com a palavra “saurus”, de lagarto. “Parringtoni” é uma homenagem ao cientista Rex Parrington, da Universidade de Cambridge (Reino Unido), que recolheu o fóssil próximo ao lago.
Algumas características do fóssil trazem indícios de que o animal era mesmo um dinossauro. Os tecidos ósseos do antebraço mostram marcas de crescimento rápido, o que é comum entre os dinossauros. Além disso, o fóssil mostra a presença de uma crista deltopeitoral alongada, que ancorava os músculos do antebraço, algo exclusivo dos dinossauros. Esses atributos levam os cientistas a crer que, se o Nyasasaurus não for um dinossauro, é um animal muito próximo.
Paul Barrett, do Museu de História Natural de Londres, afirma que o estudo destaca a importância dos fósseis que ficam em museus, que muitas vezes são negligenciados por cientistas, mas que devem ser estudados continuamente. “Muitas das descobertas mais importantes da paleontologia são realizadas no laboratório ou nas reservas de museus”, disse Barrett.
Segundo o site sciencedaily
Veja mais detalhes em:O dinossauro mais antigo do mundo



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Mini-curso "Biologia e conservação de tartarugas marinhas"





Estão abertas as inscrições para o mini-curso "Biologia e conservação de tartarugas marinhas". O curso será ministrado pelo IPeC na cidade de Cananéia. Segue em anexo o cartaz de divulgações. Maiores informações escrevam para o mesmo e-mail

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Administradora de cursos - Daniela Ferro de Godoy
Instituto de Pesquisas Cananéia - IPeC
www.ipecpesquisas.org.br

quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Uma GRANDE noticia aos amigos da Biologia.
Mais alguns dos nossos alunos seguiram a carreira acadêmica e estão agora na pós graduação.

Parabéns ao José Ricardo Lorençon  e Dagmara Gomes Ramalho. UNESP - Jaboticabal .

Mirian Sinhorelli  - FAMERP. São José do Rio Preto

Carimi Carimi Cortez. USP Ribeirão Preto 

Apresentação final da disciplina de Libras – Professores Isabel e Fernando.


 

 
 
 
 



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Chaminé que refresca


Uso de estrutura que acelera as trocas de ar entre os ambientes externo e interno de uma construção é alternativa econômica para melhorar a ventilação em dias quentes. O sistema pode ajudar na redução do consumo energético.

Publicado em 19/11/2012 | Atualizado em 19/11/2012
Chaminé que refresca
A eficiência do uso de chaminés solares para ventilação de ambientes foi comprovada em testes com dois protótipos construídos no campus da Universidade Federal de São Carlos. (foto: Letícia Neves e Maurício Roriz)
Quem acha que chaminé só é útil em tempo frio está enganado. Um estudo realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostra que estruturas desse tipo podem ser usadas para refrescar os ambientes internos de edifícios e casas em dias quentes. A estratégia contribui para a redução do consumo de energia elétrica e pode se tornar um importante elemento em construções sustentáveis.
As chaminés solares, como são chamadas essas estruturas de ventilação, são capazes de acelerar as trocas de ar entre o ambiente externo – mais ameno – e o interior das edificações – mais quente por causa da absorção de parte do calor produzido por pessoas, lâmpadas e equipamentos.
Essas trocas ocorrem em qualquer chaminé, porque o ar quente, menos denso, tende a subir, sendo substituído pelo ar frio, mais denso, que entra no ambiente interno. Para acelerar esse processo, as chaminés solares são construídas de forma a receber maior quantidade de radiação solar, o que permite maior absorção de calor.
“A chaminé é composta por um coletor solar, formado por um canal com uma superfície de vidro, uma câmara de ar e uma superfície negra absorvedora na parte interna, que é aquecida pelos raios solares que atravessam o vidro”, explica a arquiteta Letícia Neves, que realizou o estudo em seu doutorado na Unicamp, sob a orientação do também arquiteto Maurício Roriz, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Esquema de funcionamento de chaminé solar
Esquema de circulação de ar em ambientes com chaminé solar. Os aspectos geométricos e a inclinação da chaminé devem levar em conta a incidência dos raios de Sol em sua superfície. (ilustração: Letícia Neves e Maurício Roriz)
Ao absorver mais calor, a chaminé faz com que o ar em seu interior fique mais aquecido e saia mais rapidamente pelo topo da estrutura. Dessa forma, o ar quente do ambiente interno é sugado para dentro da chaminé, o que acelera sua substituição pelo ar frio que vem do ambiente externo.

Estamos ficando cada vez mais burros


Mas não é o que pensa Gerald Cabtree, cientista que lidera um laboratório de genética na universidade de Stanford, na Califórnia. Para ele, a inteligência humana atingiu seu ápice milhares de anos atrás, e vem diminuindo desde então.

Cabtree explica sua polêmica teoria num artigo intitulado “Nosso frágil intelecto” na publicação científica Trends in Genetics (Tendências em Genética). Para ele, o problema é que a sobrevivência se tornou fácil demais. É uma situação muito diferente da que havia no tempo das cavernas, quando a seleção natural era implacável com os que falhavam.

Quando um humano pré-histórico não encontrava uma maneira de escapar de uma fera ameaçadora ou de um guerreiro de uma tribo inimiga, ele era morto. Quando não era capaz de caçar ou encontrar alimentos, ele e seus filhos morriam de fome. Só os mais inteligentes sobreviviam e geravam descendentes. Assim, a inteligência se desenvolveu.

“O desenvolvimento de nossas habilidades intelectuais e a otimização de milhares de genes ligados à inteligência provavelmente ocorreram em grupos dispersos, sem muito domínio da linguagem, antes de nossos ancestrais emergirem da África”, diz Crabtree num comunicado à imprensa. No entanto, segundo seus estudos, aqueles milhares de genes que determinam a inteligência são relativamente frágeis e sofrem mutações com o passar do tempo.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O poder dos feromônios

No mundo dos insetos, o feromônio é o senhor absoluto. Prova disso é a cena filmada pelo eslovaco Adrián Skippy Purkart, fotógrafo da vida selvagem. Nela, uma rainha das formigas Nitens Prenolepis agoniza nas garras de uma aranha caranguejo. Enquanto isso,  formigas machos, num frenesi incontrolável, tentam se acasalar com ela, indiferentes à situação da rainha ou à perigosa proximidade com o predador mortal.

As formigas da espécie Nitens Prenolepis, fazem parte do gênero de formigas comumente chamadas de "formigas de mel falsa" ou "formigas de inverno." Os machos são atraídos pela rainha , embora ela esteja morrendo, porque ela ainda envia sinais químicos irresistíveis para eles.

O acasalamento de insetos é facilitado por pistas e sinais simples. Em muitos insetos, incluindo formigas, os estímulos que induzem os machos a tentar acasalar com uma fêmea são em grande parte químicos. Tecnicamente, esta rainha  não está totalmente morta, e os sinais químicos que ela emana, sem dúvida, ainda  são fortes.

Veja mais em: O poder do feromônio no mundo dos insetos

Planeta similar à Terra é achado em sistema estelar próximo

Coisa estranha

O site The List Universe fez uma lista de animais com aparência bem estranha. Todos os membros desta seleção ainda vivem entre nós, mas muitos deles estão ameaçados de extinção. Veja mais em As 10 criaturas mais estranhas da terra
A maioria corre perigo devido ao desmatamento que acaba com o habitat natural dos bichos. Outros animais estão correndo o risco de serem exterminados da Terra justamente por sua aparência incomum que atrai colecionadores, como é o caso do número 2. Veja a lista abaixo:
10. Proteus anguinus
É um anfíbio cego muito comum em águas subterrâneas de cavernas no sul da Europa. Vive exclusivamente em lugares sem luz, é também conhecido pelos habitantes da região como peixe humano por causa da cor de sua pele. Apesar dos olhos atrofiados, seu olfato e audição são muito desenvolvidos.


9. Tremoctopus violaceus 
Também conhecido como polvo de véu, a fêmea desta espécie é 40.000 vezes mais pesada do que o macho. Enquanto ela mede até dois metros de comprimento, ele chega aos míseros 2,4 cm. A fêmea costuma estender seu véu quando ameaçada para parecer maior e mais assustadora do que já é.




quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Veja mais em: http://mentirinhas.com.br/
Acho que tem alguém cortando cebola do lado do meu micro...

Cada medo é um medo


Formas distintas de ameaça ativam circuitos diferentes no cérebroMARIA GUIMARÃES | Edição Online 15:14 17 de setembro de 2012 - Revista Pesquisa Fapesp

© EDUARDO CESAR
Encontro com gato cria memória de medo em rato
Quando um animal é posto numa situação que percebe como risco de perder a vida – um rato dentro de uma gaiola com um gato, por exemplo –, ele rapidamente a memoriza. Nos dias seguintes, basta pôr o rato na gaiola, ainda que sem o gato, para suscitar uma reação idêntica de pânico paralisante. “Nesse momento o animal mobiliza o mesmo sistema neural utilizado para se defender do predador”, explica o médico e neuroanatomista Newton Canteras, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP). Ele e sua equipe descobriram que, além de existirem circuitos cerebrais distintos para cada tipo de medo (ver reportagem Os caminhos do medo), a memória também está envolvida no processo que leva a reações que diferem conforme a situação.
“Diante de um predador, os ajustes fisiológicos necessários são diferentes daqueles ativados quando um indivíduo se confronta com um agressor da mesma espécie”, explica Canteras. Um artigo que ele escreveu em parceria com Cornelius Gross, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular em Monterotondo, Itália, compila o que se sabe sobre o funcionamento neurológico do medo e estampa a capa da Nature Reviews Neuroscience de setembro. A ilustração da capa representa os três tipos de medo descritos no artigo: um leão para o medo do predador, um homem com um taco de beisebol para o medo social e um dentista evocando o medo da dor. “São três vias diferentes no cérebro”, explica o pesquisador da USP.
Tanto a memória quanto as pistas do ambiente (como cheiros, sons e imagens) são integradas numa região do cérebro conhecida como amígdala, uma estrutura que fica no lobo temporal. Dali, os estímulos nervosos são transmitidos para o hipotálamo, alojado na base do encéfalo. Muitos laboratórios no mundo todo têm investigado exatamente quais áreas dessas estruturas do cérebro atuam nos diferentes tipos de medo, causando elevação de pressão e alterações hormonais (os tais ajustes fisiológicos) que, por sua vez, geram reações distintas, conforme mostra o artigo na Nature ReviewsNeuroscience. Quando enfrenta agressão social, provocada por um indivíduo da mesma espécie, as regiões ativadas no hipotálamo estão mais relacionadas às relações sociais e o rato arqueia as costas numa posição de submissão. Já quando teme sentir dor ou confronta um predador, a primeira reação é congelar. Nesta segunda situação, caso a estratégia fracasse em torná-lo invisível, o rato dá saltos para trás numa tentativa de fuga.
Essa atitude quando há risco (aparente, ao menos) à vida pode ser semelhante ao que pessoas enfrentam em guerras ou em situações de violência como um assalto à mão armada. O mecanismo que fixa a memória instantaneamente nos ratos pode ser o mesmo que gera o transtorno de estresse pós-traumático. Entender a neurofisiologia do medo, os pesquisadores esperam, pode ajudar a desvendar – e quem sabe tratar – casos em que ele se torna incapacitante.

Número de cromossomos varia em linhagens de células-tronco


Perda e ganho de material genético desafiam o uso dessas células em terapiaRICARDO ZORZETTO | Edição Online 18:53 27 de agosto de 2012 Revista Pesquisa Fapesp.
© RAFAELA SARTORE/LANCE/UFRJ

Perdas e ganhos: célula cerebral de camundongo com número original de cromossomos (40, no meio) e células aneuploides, com 39 (esquerda) e 41 (direita) cromossomos
Em um artigo publicado este mês na revista Frontiers in Cellular Neuroscience, o neurocientista Stevens Rehen e sua equipe no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) chamam a atenção para um fenômeno que atinge com frequência as células-tronco e que deve exigir cautela no uso dessas células tanto em pesquisas como em potenciais terapias. Esse fenômeno é a aneuploidia: a perda ou o ganho de cromossomos, os filamentos espiralados de DNA que abrigam os genes.

Você consegue enrolar a língua? | 23.08.2012

Você consegue enrolar a língua? | 23.08.2012Algumas pessoas conseguem enrolar a língua que nem um tubo, para outras isso é impossível. Pode haver variação mesmo entre gêmeos idênticos, como é o caso das leitoras que nos enviaram a pergunta. A resposta rende uma bela aula de genética, veja na seção “Pergunte aos pesquisadores“ da Revista PesquisaFapesp.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cientistas acham osso de grande dinossauro carnívoro no interior de SP


Direto da Folha On-line
REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE "CIÊNCIA+SAÚDE"

O Brasil pré-histórico acaba de ficar um pouco mais aterrorizante. Nas rochas do interior de São Paulo, paleontólogos encontraram pela primeira vez um osso de um grande dino carnívoro, membro do grupo formado por alguns dos maiores predadores da Era dos Dinossauros.
Tais criaturas, conhecidas pelo indigesto nome de carcarodontossaurídeos, rivalizavam com o célebre Tyrannosaurus rex, chegando a medir 13 m de comprimento.
Até hoje a presença dos monstros em território nacional era inferida apenas pela presença de dentes isolados na Bacia Bauru, como é conhecido o conjunto geológico que abrange boa parte do interior paulista e de outros Estados (MG, PR, MS e GO).
Editoria de Arte/Folhapress
Agora, a equipe coordenada por Carlos Roberto Candeiro, da Universidade Federal de Uberlândia, e Lílian Paglarelli Bergqvist, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), começa a preencher essa lacuna com a descoberta de um pedaço de osso de 13 cm, parte do maxilar direito de um dos dinos do grupo.
O fragmento, que abriga ainda um dente, foi encontrado no município de Alfredo Marcondes, perto de Presidente Prudente, e tem idade estimada em torno de 70 milhões de anos.
"Com base no fragmento e no dente, conseguimos identificar com confiança a família do animal, mas não a espécie", explica Bergqvist.
Também é possível estimar o tamanho total do crânio do animal em vida --algo como 80 cm de comprimento--, embora seja mais difícil dizer que tamanho o bicho todo tinha. A julgar pelo crânio, no entanto, parece ser um dino menor que os representantes mais avantajados de seu grupo, talvez chegando aos 10 metros, afirma Candeiro.
Também de Alfredo Marcondes e de outro município da região, Flórida Paulista, vêm fragmentos de ossos de outros dinos carnívoros estudados pela equipe, cuja identificação em níveis mais específicos não foi possível.
O fato de esse material todo aparecer apenas na forma de cacos tem algo de misterioso. É que a Bacia Bauru é rica em outros fósseis de predadores dessa época. Em geral, são primos terrestres dos atuais crocodilos, pertencentes a uma grande variedade de espécies e, às vezes, com todo o esqueleto preservado.
"Ainda não há uma explicação para isso. A gente brinca que, na Bacia Bauru, os crocodilos são a praga do Cretáceo [período do qual datam os fósseis]", diz Bergqvist. "Há o mesmo problema com os mamíferos, que são muito difíceis de achar por lá."
O carcarodontossaurídeo paulista, aliás, viveu "só" alguns milhões de anos antes do sumiço dos dinos e do início da Era dos Mamíferos.
A equipe publicou a análise dos fósseis na revista científica "Cretaceous Research". Também assinam o estudo Rodrigo Azevedo, Felipe Simbras e Miguel Furtado.
INTERIOR SEMIDESÉRTICO
Os dados geológicos indicam que, no fim do período Cretáceo, boa parte do interior brasileiro era um imenso semideserto.
A alternância entre períodos de seca prolongada e chuvas torrenciais criava rios e lagoas temporárias, em cujas margens se refugiavam animais como tartarugas e crocodilos.
Alguns dos fósseis dessa época que chegaram até nós parecem ter sido preservados quando vários animais se enfiaram na lama para tentar suportar o calor.
Sabe-se que, apesar da seca, grandes dinossauros herbívoros de pescoço longo também viviam ali. (RJL)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O cronômetro do cérebro


Compostos encontrados no sangue podem indicar o grau de envelhecimento cerebral


© NELSON PROVAZI
Um grupo de pesquisadores brasileiros parece ter encontrado uma forma simples e pouco invasiva de medir o grau de envelhecimento do cérebro. Em estudos com roedores e com seres humanos, eles observaram que o nível de três compostos encontrados em células do sangue pode refletir a saúde das células cerebrais. A expectativa é que, caso os testes que ainda precisam ser realizados sejam bem-sucedidos, se chegue a uma forma de identificar doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson nos estágios bem iniciais, antes de os sinais clínicos surgirem.
“Encontramos no sangue de pessoas com essas doenças um conjunto de compostos que indicam a produção excessiva de substâncias tóxicas no cérebro”, explica o farmacologista Cristoforo Scavone, chefe do Laboratório de Neurofarmacologia Molecular no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e um dos coordenadores da pesquisa.

Anticorpos contra Aids


Pesquisa indica tratamento promissor contra o vírus HIV-1

MARIA GUIMARÃES | Edição Online 10:19 25 de outubro de 2012. Revista Pesquisa Fapesp

Uma combinação de anticorpos ultrapotentes pode ser um novo rumo para combater o vírus causador da Aids, HIV-1, segundo mostra artigo na Nature desta semana (25/10) liderado pelo imunologista brasileiro Michel Nussenzweig.
Pesquisador da Universidade Rockefeller, em Nova York, Nussenzweig há anos busca formas de usar anticorpos como base de uma vacina contra o HIV (ver Coquetel de anticorpos). Mas o medicamento a que chegou agora não é uma vacina. “Para isso, teríamos que ensinar o sistema imunológico”, explica, “trata-se de um tratamento passivo”. O segredo para uma batalha bem-sucedida pode estar no uso de conjuntos de anticorpos que ataquem diferentes partes do vírus, dificultando a corrida evolutiva na qual os microrganismos costumam ganhar dos pesquisadores.

Histórias para contar


Acesso a documentos digitalizados ajuda a reconstituir os percursos da divulgação científica no Brasil

© REPRODUÇÃO
O acesso direto a documentos dos séculos XIX e XX, largamente facilitado pela digitalização recente dos arquivos de importantes veículos de comunicação, e novos estudos de caso podem mudar dentro de algum tempo a percepção mais corrente sobre a história da divulgação e do jornalismo científico no Brasil. Em vez de um percurso marcado por algumas poucas ondas localizadas de intensa difusão, seguidas por prolongados silêncios, é possível que se possa reconstruir nesse campo um caminho mais contínuo ao longo de dois séculos, mesmo que muito estreito em determinados trechos e mais alargado em outros. “Ainda que por ora não devamos jogar fora a noção da existência de ondas de divulgação científica no país, numa linha semelhante à que o pesquisador inglês Martin Bauer apontou para a Europa, talvez tenhamos que revê-la à luz de novos dados oferecidos pela pesquisa empírica”, diz Luisa Massarani, diretora do Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, que junto com Ildeu de Castro Moreira vem estudando sistematicamente essa área desde 1997. É possível, ela admite, que muito do que até aqui se toma como lacunas na atividade de divulgar e reportar temas científicos no Brasil corresponda, na verdade, a lacunas do conhecimento histórico a seu respeito.

Tome-se, a propósito, no quesito dos achados propiciados pela digitalização de arquivos, o caso de O Estado de S. Paulo – A Provincia de São Paulo, até 1890 – e, numa busca preliminar por notícias sobre assuntos científicos, com não muito esforço se há de constatar, como o fez o jornalista Carlos Fioravanti, editor especial de Pesquisa FAPESP, que já em 1875, ano de criação do importante jornal paulista, uma certa “Secção Scientifica” aparecia em sua primeira página.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A vida protegida por armaduras


Norte do Paraguai pode abrigar a maior diversidade  de fósseis dos primeiros animais com esqueleto
RICARDO ZORZETTO | Edição 199 - Setembro de 2012



Nos arredores de Puerto Vallemí, um povoado com 9 mil moradores no norte do Paraguai, está instalada a única empresa produtora de cimento do país. Ali, a poucos quilômetros da cidade, a Indústria Nacional del Cemento escava há décadas um paredão rochoso de 640 metros de altura do qual sai boa parte do calcário usado na construção civil paraguaia e a poeira branca que cobre a cidade nos dias de vento forte. Vasculhando as escavações da mineradora e cavoucando barrancos nas estradas da região, o geólogo brasileiro Lucas Warren encontrou recentemente o que chama de “mina de ouro da paleontologia”.
As rochas que trouxe de lá e hoje ocupam uma grande mesa de sua sala no Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP) estão incrustadas com pequenas estruturas alongadas – elas têm, em média, 1 centímetro de comprimento – que lembram minhocas aprisionadas em um bloco de lama endurecido pelo sol. Mas são algo muito mais raro, encontrado em pouquíssimas regiões do mundo. São fósseis do que provavelmente foram os primeiros seres vivos com esqueleto que surgiram no planeta.

As rotas das suçuaranas

Felinos conseguem se movimentar em zonas de ocupação humana, mas encontram obstáculos nas estradas MARIA GUIMARÃES | Edição 199 - Setembro de 2012


© EDUARDO CESAR (FOTO FEITA NA FUNDAÇÃO ZOOLÓGICO DE SÃO PAULO)
A onça-parda (Puma concolor), um dos maiores predadores das Américas, ainda é pouco conhecida pela ciência brasileira
Análises genéticas estão revelando um pouco da história e da ecologia da suçuarana, ou onça-parda (Puma concolor), um dos maiores felinos do Brasil, atrás apenas da onça-pintada. Esses discretos animais são altamente adaptáveis e vivem mesmo em zonas com pouca floresta. Mas enfrentam problemas com a caça e nas estradas, conforme vem mostrando o trabalho paralelo de duas pesquisadoras que nunca se encontraram pessoalmente: Camila Castilho, atualmente na Universidade de São Paulo (USP), e Renata Miotto, agora na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), também da USP, em Piracicaba.

Professora é demitida por divulgar fotos de escola alagada no Maranhão


No Brasil do faz de conta, aquele que o Governo Federal chama de "o país de todos", mostrar a verdade é proibido, principalmente se ela vai de encontro aos interesses de algum político importante, e mais ainda se esse  político integra o grupo de aliados dos Sarney.

Foi esse o pecado de Uiliene Araújo Santa Rosa, 24 anos, professora municipal demitida pela Prefeitura Municipal de Imperatriz - MA, porque teve o "atrevimento" de postar em uma rede social as fotos que mostram alunos fazendo prova embaixo de guarda-chuvas. As imagens causaram impacto e o caso ganhou repercussão na cidade. Além do afastamento, a jovem teve o seu contrato com o Colégio Municipalizado Guilherme Douradosuspenso. O secretário municipal de Educação,Zeziel Ribeiro da Silva, disse que a medida foi tomada porque a professora procedeu de forma errada.

Nas imagens divulgadas pela professora, além da sala de aula alagada, é possível ver os alunos se protegendo com guarda-chuvas da água que passava pelos buracos no telhado da instituição. SegundoUiliene, a intenção ao publicar as imagens era chamar a atenção para os problemas da rede municipal. Uma das quatro fotos publicadas no Facebook já tem mais de 1.600 compartilhamentos e diversos comentários em apoio à professora e indignação diante da estrutura e atitude dos responsáveis pela unidade de ensino.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Feira de Profissões 2012

Iluminação flexível



Novos tipos de lâmpadas e células fotovoltaicas orgânicas são desenvolvidos por centro de pesquisa mineiro
© ZÉ TAKANASHI - AGÊNCIA FOTOSITE / CSEM
Desfile do estilista Ronaldo Fraga no São Paulo Fashion Week deste ano: modelos com fitas iluminadas
Lâmpadas flexíveis no formato de fitas capazes de serem coladas nas paredes, no teto e até em rodapés. A tecnologia e a arquitetura de iluminação caminham nesse sentido e novas formas de utilização dessas fitas flexíveis compostas principalmente de polímeros encontram utilidades inusitadas antes mesmo de se tornarem comerciais. Foi o caso do desfile do estilista Ronaldo Fraga, no São Paulo Fashion Week, que aconteceu em junho deste ano na capital paulista. As modelos estavam ornadas com fitas eletroluminescentes chamadas de Lume e produzidas pelo Csem Brasil, instalado em Minas Gerais, um centro privado de pesquisa aplicada, especializado no desenvolvimento e transferência de tecnologia, principalmente em eletrônica orgânica e 
microssistemas. Conectadas a pequenas baterias presas aos corpos das modelos, as fitas foram pela primeira vez apresentadas em público.
O desenvolvimento e a fabricação da Lume no Brasil deixam o país no mesmo nível, nessa área, da Europa, dos Estados Unidos e da China, num mercado global ainda muito pouco explorado. As fitas Lume geram luz em toda a superfície e são destinadas principalmente à produção de telas de produtos eletrônicos como relógios, interiores de aviões e automóveis, placas de publicidade e como peça decorativa. Elas possuem uma vida útil de 10 mil horas e apresentam baixo consumo de energia.
Para a confecção da Lume, o Csem usou a tecnologia de eletrônica impressa em rolos utilizada na fabricação de semicondutores orgânicos, embora essas fitas iluminadas não usem especificamente polímeros orgânicos. As Lumes são fabricadas em uma máquina de impressão chamada Roll to Roll, a primeira da América do Sul, e que funciona de maneira similar à rotativa de um jornal. Basicamente a Lume é formada por uma camada de um material à base de fósforo entre dois eletrodos, sendo um transparente chamado de ITO, de indium tin oxide, ou óxido de índio dopado, com estanho e o outro de tinta de prata. O campo elétrico formado pelos eletrodos excita os elétrons do fósforo e, quando eles voltam ao estado original, emitem luz vermelha, branca, azul ou verde, dependendo do tipo de cor da tinta utilizada. Como substrato, a lâmpada flexível utiliza o polímero PET, o mesmo das garrafas de refrigerante e água mineral. A formação da fita acontece por meio da passagem pelos rolos da máquina e o recebimento de diferentes camadas.
Os polímeros orgânicos são os elementos principais na fabricação dos organic light-emitting diodes (Oleds), que usam principalmente carbono na sua composição e são a próxima promessa no campo da iluminação e de telas depois do LED, hoje já presente em lâmpadas especiais e nas telas de televisão. A rota tecnológica da produção da Lume é a mesma da produção dos Oleds e abre caminho também para o desenvolvimento de dispositivos com polímeros orgânicos como, por exemplo, células fotovoltaicas, que podem ser impressas e flexíveis, utilizadas em sistemas de geração de energia solar. O objetivo do Csem não é, nesse primeiro momento, investir na produção em escala de Oleds nem de displays. Outros países estão bastante próximos de dominar a confecção desses dispositivos. Por isso, o engenheiro Tiago Maranhão Alves, diretor-executivo do centro, afirma que o primeiro produto orgânico produzido para consumo geral será a célula fotovoltaica feita de semicondutores orgânicos.
© FERNANDO LUTTERBACH / CSEM
A máquina de impressão e produção das fitas em rolo
Reciclador de energia
“Além de termos condições de conquistar espaços significativos, nós temos os recursos naturais para entrar, competir e ganhar esse jogo”, diz. Pelo planejamento, as primeiras células fotovoltaicas comerciais devem chegar às ruas em um ano. Com elas será possível fazer painéis solares leves e flexíveis a custos menores, alimentadores de teclados de computador, celulares e controles remotos. Essas células também serão capazes de captar a luz de casa, assim como a luz solar, e produzir corrente elétrica, exercendo a função de “um reciclador de energia”. Outro mercado será o de geração elétrica em localizações remotas ainda não servidas pela rede de distribuição elétrica.
Para Maranhão, ninguém faz uma nova cadeia de valor sozinho. “Isso só é possível com muita pesquisa e parcerias.” O Csem já recebeu para o desenvolvimento de seus projetos o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em Minas Gerais, um acordo entre a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, a Fapemig e a iniciativa privada está estimulando o desenvolvimento dessa tecnologia. “O importante nesse projeto é que estamos usando o governo como indutor de uma parceria entre universidade e empresa para o desenvolvimento de tecnologia de ponta, que pode gerar riqueza, empregos e desenvolvimento para o país”, explica Mario Neto Borges, presidente da Fapemig. A fundação já investiu R$ 7 milhões no instituto. O BNDES adicionou mais R$ 15 milhões ao investimento.
Intercâmbio conjugado
O Memorando de Entendimento em Cooperação Acadêmica, Pesquisa e Desenvolvimento firmado entre as instituições permite o intercâmbio de pesquisadores, mestres, doutores e pós-doutores das universidades e empresas mineiras com o Centro de Eletrônica Plástica do Imperial College, um dos mais importantes centros de eletrônica orgânica do mundo. O diretor do centro inglês, o físico Donal Bradley, é um dos inventores da eletroluminescência de polímeros conjugados. Dez pesquisadores brasileiros já trabalharam com ele, por meio do convênio. Na volta, alguns foram recrutados para trabalhar no Csem. Pelo acordo, as patentes registradas pelo convênio pertencerão aos parceiros envolvidos, inclusive a Fapemig.
Os primeiros passos para o surgimento e desenvolvimento da eletrônica orgânica e impressa foram dados por acaso, em 1976. Nesse ano, Hideki Shirakawa, um pesquisador japonês do Instituto de Tecnologia de Tóquio, tentava sintetizar um tipo de plástico, o poliacetileno, um polímero simples formado apenas de átomos de carbono e hidrogênio. Ao errar a mão, adicionando uma quantidade maior de um catalisador ao composto, Hideki produziu um filme brilhante como uma folha de alumínio. Pouco depois, uniu-se a dois cientistas norte-americanos, o químico Alan MacDiarmid e o físico Alan Heeger, na Universidade da Pensilvânia. Trabalhando sobre o filme brilhante do pesquisador japonês, eles perceberam que, ao dopar o carbono com iodo, ele se tornava uma folha metálica dourada, com condutividade elétrica. Estava descoberto então o primeiro semicondutor orgânico, formado de polímero. A descoberta rendeu o Nobel de Química para os três em 2000. Quase 40 anos depois, muitas aplicações práticas para esses semicondutores foram estudadas. A corrida agora entre cientistas, instituições privadas e governamentais é de como fabricar esses produtos à base da eletrônica orgânica e impressa com eficiência, custos reduzidos e em larga escala.
A corrida para colocar o Oled no mercado movimenta os grandes fabricantes de material de iluminação como a alemã Osram, que está investindo nos Oleds, feitos de semicondutores orgânicos. A principal vantagem desse material é que ele não é formado por uma junção de pontos emissores individuais, mas sim por uma superfície flexível que gera iluminação de maneira uniforme, podendo se moldar mais facilmente a diferentes formas e ambientes. A empresa já tem uma instalação na cidade de Regensburg, na Alemanha, preparada para ser a primeira linha-piloto de produção em grande escala de Oleds do mundo. Os primeiros produtos de uso comercial, para iluminação de escritórios e para o varejo, já foram testados nas cidades alemãs de Munique e Berlim e devem chegar em breve ao Brasil. Segundo Joyce Calil, gerente de vendas da Osram no país, a expectativa é de que “as primeiras aplicações no mercado sejam para luz funcional a partir de 2015”.