quinta-feira, 1 de março de 2012

Cartas controversas

Embora o conhecimento científico muitas vezes se apresente de forma inquestionável, seu processo de construção e consolidação é marcado por divergências. No início do século 20, por exemplo, cientistas liderados pelo médico e sanitarista Oswaldo Cruz esforçavam-se para atestar publicamente a segurança e a eficácia dos soros e vacinas usados no Brasil. Mas a análise da correspondência desses pesquisadores revela um cenário de incertezas em relação a esses produtos.
A controvérsia presente no processo de desenvolvimento e produção de soros e vacinas brasileiros nesse período foi analisada pelo sociólogo Jorge Carreta, pesquisador do Instituto Federal de São Paulo, em artigo da revista História, Ciências, Saúde: Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para isso, ele examinou cartas trocadas entre Oswaldo Cruz, seus colaboradores Vital Brazil, Chapot Prévost e Francisco Fajardo e outro renomado médico da época, Miguel Pereira.
Análise de cartas trocadas entre Oswaldo Cruz e outros médicos renomados no início do século 20 revela incertezas sobre a segurança e a eficácia dos soros e vacinas usados no Brasil, apesar do discurso público de total confiança nesses produtos.
Leia mais na Matéria da Ciência Hoje On Line intitulada: Por trás do inquestionável. Por: Thaís Fernandes

Microcamaleão de Madagascar

Cientistas alemães descobriram uma nova espécie de camaleão que mais parece uma miniatura. A Brookesia micra mede apenas 29 milimetros e foi encontrada pela equipe de pesquisa do Zoológico Staatssammlung, de Munique, na ilha africana de Madagascar. O local possui diferentes de espécies endêmicas de camaleões.
A equipe chefiada pelo Dr Frank Glaw encontrou ainda outras três espécies anãs no norte da ilha, não tão pequenas quanto a Brookesia micra. Uma delas é a Brookesia desperata, que recebeu este nome por causa dos olhos, um em cada extremo da face.
Leia mais em: Microcamaleão é encontrado em Madagascar

Baleias do Atacama


Pesquisadores do Museu Paleontológico de Caldera descobrem 70 fósseis de baleias em pleno Atacama. A descoberta está sendo registrada por meio de imagens em 3D.
Durante a duplicação da rodovia Pan-americana, rede de estradas que atravessa o continente, 70 fósseis de baleias com até oito metros de comprimento vieram à superfície. Entre eles, pelos menos 20 esqueletos completos do mamífero marinho foram encontrados no deserto do Atacama, no Chile, considerado o mais seco do mundo. A descoberta intrigou os pesquisadores do museu paleontológico de Caldera, comuna da região, que trabalham agora na identificação do material.
Mas há uma explicação. Segundo a bióloga brasileira Carolina Gutstein, que participa do estudo, Caldera foi, há 7 milhões de anos, um fundo marinho com alta biodiversidade.
Leia mais em: Um tesouro no deserto chileno Por: Mariana Rocha