quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Chaminé que refresca


Uso de estrutura que acelera as trocas de ar entre os ambientes externo e interno de uma construção é alternativa econômica para melhorar a ventilação em dias quentes. O sistema pode ajudar na redução do consumo energético.

Publicado em 19/11/2012 | Atualizado em 19/11/2012
Chaminé que refresca
A eficiência do uso de chaminés solares para ventilação de ambientes foi comprovada em testes com dois protótipos construídos no campus da Universidade Federal de São Carlos. (foto: Letícia Neves e Maurício Roriz)
Quem acha que chaminé só é útil em tempo frio está enganado. Um estudo realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostra que estruturas desse tipo podem ser usadas para refrescar os ambientes internos de edifícios e casas em dias quentes. A estratégia contribui para a redução do consumo de energia elétrica e pode se tornar um importante elemento em construções sustentáveis.
As chaminés solares, como são chamadas essas estruturas de ventilação, são capazes de acelerar as trocas de ar entre o ambiente externo – mais ameno – e o interior das edificações – mais quente por causa da absorção de parte do calor produzido por pessoas, lâmpadas e equipamentos.
Essas trocas ocorrem em qualquer chaminé, porque o ar quente, menos denso, tende a subir, sendo substituído pelo ar frio, mais denso, que entra no ambiente interno. Para acelerar esse processo, as chaminés solares são construídas de forma a receber maior quantidade de radiação solar, o que permite maior absorção de calor.
“A chaminé é composta por um coletor solar, formado por um canal com uma superfície de vidro, uma câmara de ar e uma superfície negra absorvedora na parte interna, que é aquecida pelos raios solares que atravessam o vidro”, explica a arquiteta Letícia Neves, que realizou o estudo em seu doutorado na Unicamp, sob a orientação do também arquiteto Maurício Roriz, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Esquema de funcionamento de chaminé solar
Esquema de circulação de ar em ambientes com chaminé solar. Os aspectos geométricos e a inclinação da chaminé devem levar em conta a incidência dos raios de Sol em sua superfície. (ilustração: Letícia Neves e Maurício Roriz)
Ao absorver mais calor, a chaminé faz com que o ar em seu interior fique mais aquecido e saia mais rapidamente pelo topo da estrutura. Dessa forma, o ar quente do ambiente interno é sugado para dentro da chaminé, o que acelera sua substituição pelo ar frio que vem do ambiente externo.

Estamos ficando cada vez mais burros


Mas não é o que pensa Gerald Cabtree, cientista que lidera um laboratório de genética na universidade de Stanford, na Califórnia. Para ele, a inteligência humana atingiu seu ápice milhares de anos atrás, e vem diminuindo desde então.

Cabtree explica sua polêmica teoria num artigo intitulado “Nosso frágil intelecto” na publicação científica Trends in Genetics (Tendências em Genética). Para ele, o problema é que a sobrevivência se tornou fácil demais. É uma situação muito diferente da que havia no tempo das cavernas, quando a seleção natural era implacável com os que falhavam.

Quando um humano pré-histórico não encontrava uma maneira de escapar de uma fera ameaçadora ou de um guerreiro de uma tribo inimiga, ele era morto. Quando não era capaz de caçar ou encontrar alimentos, ele e seus filhos morriam de fome. Só os mais inteligentes sobreviviam e geravam descendentes. Assim, a inteligência se desenvolveu.

“O desenvolvimento de nossas habilidades intelectuais e a otimização de milhares de genes ligados à inteligência provavelmente ocorreram em grupos dispersos, sem muito domínio da linguagem, antes de nossos ancestrais emergirem da África”, diz Crabtree num comunicado à imprensa. No entanto, segundo seus estudos, aqueles milhares de genes que determinam a inteligência são relativamente frágeis e sofrem mutações com o passar do tempo.