quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

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Fim dos lixões?

Emprego de plasma térmico surge como alternativa para dar cabo de resíduos sólidos no Brasil. Em futuro próximo, a tecnologia deverá permitir que esses resíduos sirvam de matéria-prima para geração de energia.
Por: Luan Galani
Num cenário de escassez de grandes áreas livres em centros urbanos, o que fazer com volumes de lixo cada vez maiores? O problema tem causado dor de cabeça em administradores públicos do mundo inteiro, inclusive do Brasil.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, a produção de resíduos sólidos no país em 2010 foi de aproximadamente 61 milhões de toneladas. Quase 7% a mais que em 2009, quando o volume produzido foi de 57 milhões de toneladas.
A produção de resíduos sólidos no país em 2010 foi de aproximadamente 61 milhões de toneladas. Quase 7% a mais que em 2009
Como o crescimento da população foi proporcionalmente menor no período, conclui-se que os brasileiros produzem cada vez mais lixo. Em 2009, a produção per capita por ano foi de 360 kg; em 2010, foi de 379 kg. Um aumento de aproximadamente 5,3%.
Diante do problema, pesquisadores da empresa paulista Recaltech desenvolveram protótipo de um reator de plasma térmico para incineração de lixo capaz de reduzir a cinzas de 100 kg a 300 kg de resíduos sólidos por hora.
A importância da incineração por plasma térmico está em sua capacidade de reduzir o material introduzido na câmara incineradora a cerca de 3% do volume original.
“Além disso, ao contrário da incineração convencional, a queima por plasma permite que os resíduos sólidos fiquem inertes, isto é, se tornem incapazes de reagir com outras substâncias para formar novos compostos”, explica o engenheiro mecânico Antônio Carlos da Cruz, um dos responsáveis pelo estudo.
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Especial para a CH On-line

Assassinas subterrâneas


Ricardo Bonalume Neto

Pesquisadores internacionais, incluindo pessoal da USP e da Unicamp, descobriram uma rara planta carnívora que devora as presas com suas folhas, debaixo do solo.
Basta ficar preso na superfície grudenta da folha que glândulas liberam enzimas que vão derretendo e digerindo a vítima e transferem seus nutrientes para a planta.
As vítimas da Philcoxia minensis são vermes nematoides, bichos microscópicos do solo. As folhas que cometem o crime têm entre 0,5 mm e 1,5 mm de largura.
Apenas 0,2% das plantas com flores são carnívoras, como lembram os autores do estudo publicado na "PNAS".
Trabalhos anteriores sugerem que elas crescem em ambientes iluminados, pelo menos aguados sazonalmente, e com poucos nutrientes.
"A terra no lugar parece vidro moído, não tem nada", diz Carlos Winter. "E como foi possível ter tanto nitrogênio na planta?", pergunta o cientista da USP.
A equipe suspeitou que a fonte do nutriente seriam os vermes digeridos subterraneamente. E confirmou isso ao alimentá-los com bactérias marcadas por um isótopo (variante) de nitrogênio, e soltar os vermes nas folhas.
A mineira Philcoxia minensis mostrou ser letal com os vermes. O gênero também tem espécies na Bahia e em Goiás, que também podem ser carnívoras.
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Folha: Planta carnívora do cerrado come vermes embaixo da terra
Ciência Hoje: Bonitinha, mas assassina