segunda-feira, 12 de março de 2012

O futuro do etanol

Estudos revelam previsões sobre a participação do etanol na agricultura e na matriz de combustíveis
O futuro da produção de etanol parece ser mais promissor que todas as previsões feitas até aqui. Segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), será possível suprir em 20 anos toda a frota de automóveis do mundo com o etanol e a eletricidade produzidos nas usinas de cana-de-açúcar. “Isso pode ser feito utilizando-se o etanol e a eletricidade de forma mais eficiente com veículos mais econômicos”, diz Sergio Pacca, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Leste, na capital paulista, responsável pelo estudo junto com o professor José Roberto Moreira, do Instituto de Eletrônica e Energia, da mesma universidade, ambos autores do artigo “A biorefinery for mobility?”, publicado em outubro de 2011 na revista Environmental Science & Technology.
O resultado a que chegaram se baseou nas frotas de automóveis do Brasil e dos Estados Unidos. Para que a cana forneça tanto o etanol como a eletricidade, eles calcularam que o ideal seria existir em 2030 uma proporção de 33% de carros elétricos e 67% de híbridos, automóveis com motores a etanol supereficientes, que façam 15 quilômetros com um litro de álcool, e motores elétricos alimentados pela energia gerada pelo motor a etanol e na frenagem do veículo, semelhante ao Prius, da Toyota. Eles partiram do fato de que cada carro norte-americano roda 20 mil quilômetros por ano e cada carro brasileiro, 12 mil. Assim, seria suficiente um hectare de cana para 9,2 veículos nos Estados Unidos e a mesma área para 11,6 veículos no Brasil, desde que mantida a mesma proporção de tipos de carros.
Leia mais em: Biorrefinarias do futuro. Marcos de Oliveira

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