sexta-feira, 15 de junho de 2012

Macacos-prego e evolução

Divergência de macacos-prego, tão antiga quanto a de seres humanos e chimpanzés, se reflete em ecologia e comportamento

Desaparecidos por séculos, os macacos-prego-galegos foram redescobertos há poucos anos
Os macacos-prego e caiararas existem na América Central, na Amazônia inteira, no cerrado, na caatinga e em toda a mata atlântica, chegando até a Argentina. Nessa extensão variam muito em forma, cor, tamanho, preferências alimentares e comportamento. São primatas marcantes, com um sistema social complexo e capazes de usar ferramentas, uma habilidade rara. Mesmo diante da grande variação entre espécies, até recentemente os especialistas classificavam macacos-prego e caiararas no mesmo gênero, Cebus, e boa parte deles respondia nos registros científicos pelo nome Cebus apella. Nos últimos 10 anos, a classificação desses primatas vem passando por uma revolução, com base no trabalho de pesquisadores brasileiros e de fora. “A taxonomia deles ainda seguia o trabalho dos naturalistas”, diz o primatólogo brasileiro Jean-Philippe Boubli. “A era da tecnologia molecular está permitindo toda uma reorganização.” Junto com a colega norte-americana Jessica Lynch Alfaro, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, ele – à época pesquisador na Wildlife Conservation Society – organizou um simpósio sobre esses macacos num congresso em 2010 no Japão. Reunindo os pesquisadores que mais estavam trazendo novidades ao conhecimento sobre esses primatas, o encontro deu origem a um volume especial da revista American Journal of Primatology, publicado em abril deste ano.




Leia mais em: Ramificações ancestrais Revista Pesquisa FAPESP.  EDUARDO CESAR

Nenhum comentário:

Postar um comentário