terça-feira, 27 de março de 2012

Superbactéria KPC

A morte de duas pessoas por suspeita da superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) no Instituto do Câncer do Ceará (ICC) de Fortaleza, no Ceará, acendeu o alerta das autoridades de saúde em todo o país. No Estado, a suspeita motivou uma ação do Ministério Público Estadual. Há, ainda, outros 25 casos suspeitos de contaminação, de acordo com boletim emitido pela Secretaria da Saúde do Ceará.
A KPC é uma enzima pela qual as bactérias adquirem resistência aos medicamentos antibióticos usados no tratamento de pacientes, inclusive os remédios mais potentes usados contra infecções. O risco, no entanto, é maior apenas para os pacientes mais debilitados, podendo ser superada pelos pacientes que possuem um organismo mais forte.
De acordo com o farmacêutico Paulo Jessé Silva Gonçalves, a bactéria KPC tornou-se super-resistente por causa das mutações que sofreu. “Como o paciente que contrai essa bactéria já está debilitado demais, um paciente que está na UTI (Unidade de terapia intensiva), então ele é suscetível demasiadamente. Isso faz com que ele tenha várias infecções que poderão levar ao óbito”, afirmou.
A contração da KPC, por enquanto, é restrita aos hospitais. “Ela, ainda, está restrita ao ambiente hospitalar, e a gente pede a Deus que ela continue lá, porque se sair de lá, nós não temos como fazer face à superbactéria, porque os tratamentos são muito caros”, pondera o farmacêutico.
Ainda segundo Paulo Gonçalves, algumas medidas podem ser tomadas por profissionais da saúde e visitantes para evitar um surto da KPC. “Lavagem das mãos e álcool gel. E a prescrição criteriosa por parte do profissional médico”, ressalta.
No Maranhão, até o momento, nenhum caso foi registrado de infecção por superbactéria.

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